Por que você decidiu deixar o PDT?
Entrei no PDT convidada pelo Reguffe e pelo Cristovam, que agora deixam o partido. Fico muito desconfortável em permanecer. Tínhamos uma ala que representava independência em relação à posição nacional. Achei que sair agora representaria coerência política.
O Cristovam me procurou para comunicar a decisão. Eles me deixaram muito à vontade. Apesar de ter uma boa relação com o PDT, decidi sair também.
Escolheu o PPS para seguir o caminho de Cristovam?
Com certeza. O Cristovam tomou uma atitude corajosa. Ninguém aguenta mais a crise nacional. Sair com ele é uma forma de apoiamento. Acho que ele está no caminho certo ao deixar clara a posição contra a situação atual do país.
Sim. A gente teve uma reunião com o presidente nacional, Roberto Freire, e ele falou sobre um projeto para o Cristovam e para mim.
Cristovam quer ser candidato à Presidência da República. Qual é o seu projeto?
Meu projeto número um é ser deputada federal. Mas tudo depende do cenário político.
Você vai conseguir aprovar a emenda que permite a sua reeleição à Presidência da Câmara?
Estou tranquila. A bancada do PT aprovou posição contra e posso perder o voto do Ricardo Vale em segundo turno. Mas esse jogo do perde e ganha na política é natural. Perde-se um voto e se ganha outro. Acho que estou fazendo um bom trabalho no comando da Câmara. Se acharem que é importante, estou pronta para ficar mais dois anos, mas sou muito tranquila em relação a isso. Cristovam me disse que ficar fora da presidência da Câmara nos últimos dois anos pode me dar mais tempo para construir o projeto de 2018.
Claro. Nossos projetos já estão vinculados. Agora reafirmei minha posição de aliada não apenas para ganhar uma eleição. Faço política com pessoas que me inspiram. Cristovam e Reguffe são essas pessoas.
Fonte: CORREIOWEB
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